terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

O melhor da vida - Nós, o céu e o verde do campo

Para alguém como eu, gozar de dias cinzentos é algo que parece impossível.
Mas se houve algo que aprendi, nos últimos tempos, foi que por mais cinzento que esteja o céu nós podemos ser o nosso próprio sol.
Vai dai, hoje acordei determinada a ignorar a cor do céu e fazer algo diferente.
Pegámos nos miúdos, entrámos no carro e lá fomos... E para onde? Ninguém sabia, nem mesmo eu!
Pelo caminho, sem rumo definido, pensei: "E porque não passar por um supermercado, comprar algo para comermos e irmos fazer um piquenique?"
Depois de tomar o café (sim, porque sem o primeiro café do dia o pai não funciona) fomos às compras, improvisámos um almoço e lá fomos até ao parque. 
Os miúdos brincaram imenso e nós aproveitámos para respirar fundo e gozar o silêncio.
Na hora de comer foi paródia total, sem toalha de mesa, sem talheres, uma festa, foi o que foi!
Mas foi tão bom!
Só estávamos lá nós, o céu e o verde do campo.
Foi o nosso momento, um momento em família que surge do improviso, mas que acredito que eles não irão esquecer.


Eles não trazem manual de instruções - Sobreviver à adolescência

Sobreviver à adolescência não é fácil! Mas não à nossa adolescência, essa já passou e no alto do meu estatuto de Mãe, parece ter sido pêra doce.
Falo de algo muito mais complicado, falo de sobreviver à adolescência dos nossos filhos...
São dias de constante transformação, que variam de instante a instante, quase sem darmos conta.
São dias em que quando acordas tens um filho, à tarde tens outro e com sorte (ou azar) à noite ainda tens outro! Tudo isto concentrado naquele ser tão amado que "ainda há uns dias era um bebé"!
Viver com um adolescente é não saber com o que contar, é ter contigo um doce de pessoa, meiga e carinhosa e daqui a nada, um ser revoltado, de maus modos e que te culpa por tudo o que acontece (até da mosca que passou por ali e não o deveria ter feito).
É receber mimos e beijinhos, seguidos de um revirar de olhos e bater de portas...
É seres a melhor mãe do Mundo e dai a nada a pior de todas!
Sobreviver à adolescência de um filho é isto e muito mais, É seres forçada a crescer como mãe a um ritmo alucinante, sem manual de instruções, apenas guiada pelo teu instinto e amor incondicional...



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

58 de 365 - O que os 40 me trouxeram...

O que os quarenta me trouxeram... trouxeram dores nas costas, noites mal dormidas e um cansaço mais frequente.
Trouxeram rugas que não se apagam e brancos que vieram para ficar.
Trouxeram-me uma dose extra de receios e a necessidade de pensar, não uma, nem duas, nem três, mas muitas vezes antes de qualquer decisão.
O que os quarenta me trouxeram... trouxeram-me a capacidade de olhar de dentro para fora, de me dar mais crédito e procurar ser uma pessoa melhor. 
Trouxeram a vontade de desacelerar e de viver um dia de cada vez, rodeada das coisas e das pessoas que me fazem bem.
Os quarenta ensinaram-me a não julgar, a passar ao lado das futilidades, reconhecer o que a vida me oferece de melhor e viver em pleno as pequenas coisas.
O que os quarenta me trouxeram... trouxeram-me a capacidade de olhar para trás e agradecer o caminho percorrido até aqui...

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Pág. 55 de 365 - Lá porque não gostas não quer dizer que...

Não gosto de Carnaval, não gosto e pronto!
Nunca gostei e as piores recordações da minha infância prendem-se, sobretudo, a esta época.
Acho que essa foi a vacina que me tornou imune ao Carnaval, fico um pouco alheia a tudo o que o envolve e por mais que me esforce não consigo gostar.
Admiro quem gosta e quem se diverte nesta altura do ano.
Admiro, principalmente, as mães e pais que fazem das tripas coração para arranjar uma fantasia para os filhos e ainda têm a "coragem" de enfrentar desfiles carnavalescos, bailes e afins... Admiro mesmo!
Já tentei, mais do que uma vez, entrar no espírito do Carnaval (não por mim,  mas pelos filhos) mas é escusado, não me sai de dentro! 
Às vezes pergunto: -Será que é por isso que nenhum deles vibra com esta época e se não fosse por causa da escola nem se falava de Carnaval cá em casa?
Mas, e então? Questionam-se alguns ... Lá porque não gostas não quer dizer que os teus filhos não possam gostar e viver o Carnaval como os outros!
Pois, eu sei disso, mas e agora?
Podem chamar-lhe egoísmo, podem chamar-lhe estupidez, seja o que for, mas acredito que viver algo que não nos diz nada, só porque sim, não faz o menor sentido, para mim não!



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Espaços lindos que me inspiram...


É de manhã que começa o dia...

Uma das coisas que me parece fundamental para uma vida mais saudável é, sem dúvida, um bom pequeno-almoço.
Cá em casa, nunca se prescindiu desta refeição, contudo, as opções nem sempre foram as mais acertadas.
O comodismo e os maus hábitos, por vezes, levam-nos a cometer alguns erros...
Foi pensando na saúde cá de casa, sobretudo na dos mais pequenos, que comecei a levar mais a sério esta questão.
Actualmente, o leite e os iogurtes deixaram de se fazer acompanhar pelos tão adorados "cereais" e passaram a andar de mãos dadas com umas deliciosas torradas, uns bons ovos mexidos (sim, sim, são uma delícia logo pela manhã) e um sumo ou fruta fresca. E para mim... um chá e uma boa taça de papas de aveia, cheia de coisas boas!
Esta mudança tem resultado bastante bem, melhor até do eu poderia imaginar mas, no entanto, o que é que isto implica? 
Implica ter de me levantar mais cedo, implica organizar-me de outro modo, deixar para trás o mais rápido e o mais fácil e optar por perder mais uns minutos na cozinha.
Mas os fins justificam os meios, verdade?
E, como é bom bom vê-los super entusiasmados a comer o seu pequeno-almoço "...faz de conta que estamos num hotel...".
Estas mudanças já começaram a dar frutos (não no meu peso extra que me adora e não me larga nem por nada) mas no meu bem estar e sobretudo no deles, além disso,  ouvir o meu filho mais velho dizer: "- Mãe agora vou ser saudável, os teus pequenos almoços inspiraram-me", é ouro sobre azul!...

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

52 de 365 - O meu caderninho da Gratidão

Um caderninho onde, todos os dias, escrevo pequenas coisas que me fazem feliz, me fazem sentir grata.
Coisas simples, tão simples como um dia de sol ou um sorriso, não importa.
Há algum tempo, aprendi que a felicidade está nas mais pequenas coisas, nas mais simples, naquelas pequeninas que por vezes nem damos conta.
A felicidade está nos pequenos momentos, nas pecinhas que no seu todo nos ensinam a ser melhores pessoas, nos ensinam a sorrir e a ver de dentro para fora.
O meu caderninho da Gratidão é feito desses momentos, é feito de palavras simples e de sorrisos, sorrisos do coração.
Sou grata a quem me ensinou o quão importante é agradecer, a quem me ensinou o bom que é escrever sobre isso. 
De uma coisa estou certa, sempre que os dias forem cinzentos ou a luz que brilha cá dentro for quase imperceptível, o meu caderninho será o meu porto seguro, ele irá recordar-me o melhor que a vida tem para me dar...  


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Livros para 2017 - Hygge


Andava a namorá-lo há já algum tempo, a mãe soube e ofereceu-mo pelo aniversário. 
Foi tão bom!
Li-o em dois dias, embora nas primeiras páginas tenha andado um bocado perdida, tenha custado a pegar...
O que penso dele?
Não é mau, não é mau de todo, mas, sinceramente, esperava mais!...
No que toca ao conteúdo (ao conceito Hygge em si), esse agradou-me bastante, achei extremamente interessante mas esperava algo mais simpático de ler, algo mais profundo e inspirador...
Com isto não estou, de modo algum, a dizer que não valha a pena ler, pelo contrário! Mas...não sei? Acho que fiz uma grande expectativa e não correspondeu, só isso!

 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Eles não trazem manual de instruções - Onde fica o botão "Parar de crescer"?

Ok, já sabia que ias mudar.
Sabia que ao entrares no Primeiro Ciclo os teus modos, a tua linguagem, iriam mudar, assim como a tua visão das coisas.
Era de prever que entrasses em modo descoberta, que a tentação de quebrar regras e ultrapassar os limites crescesse drasticamente, mas espera lá um bocadinho!...
Dá-me tempo para ganhar fôlego, preciso aprender a lidar com esta nova fase tua. É que, apesar da do teu irmão não ter sido há muito tempo, preciso actualizar as regras neste jogo tão complexo que é ver-te "Crescer"!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O melhor da vida - Um jantar muito especial

Fugir ao dia que se celebra o amor, para mim não faz sentido.
Posso não gostar do que o envolve, todo aquele apelo ao consumo, os estereótipos, frases feitas, enfim... mas gosto de pensar que um sentimento tão nobre e poderoso possa ter um dia especial.
Sei que todos os dias, são dias para amar, todos são perfeitos para dizer "Gosto de ti" mas se existem outros dias especiais porque não?
Ontem celebrámos este dia apenas a três "e meio", a presença do pai foi só mesmo no nosso coração (trabalho a quanto obrigas!).
Combinámos fazer um jantar especial para este dia, a ementa foi escolhida por eles, "Almôndegas com molho de tomate e esparguete", porque segundo o meu a"Amor mais novo" o vermelho do molho seria perfeito para fazer lembrar os corações de S. Valentim...
Pusemos a mesa com loiça especial (adoraram beber o sumo em copos de pé alto) e para a sobremesa fizemos (a seis mãos) uma salada de frutas linda e cheia de cores.
Para decorar a mesa, propus que escrevessem nuns corações de cartolina algumas palavras relacionadas com este dia, recortámos e penduramos na nossa Árvore da família.
Jantámos à luz de velas, demos muitas vezes as mãos, beijinhos e brindámos ao "Gosto muito de ti"...
Amor é felicidade, seja qual for o tipo de amor e este que vivo no meu ninho, é o mais gratificante de todos.

"Amor" "Felicidade" "Beijos" "Abraços" "Amizade" "Paz"




terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Pág.45 de 365 - No dia de celebrar o amor

No dia do amor escrevo sobre o verdadeiro amor, aquele que nasce contigo, que te acompanha e permanece para sempre.
Um amor verdadeiro e sem filtros, que se escreve todos os dias, dia após dia. 
Um amor tão forte mas que nem sempre consegues segurar... Há momentos em que deixas de o ver, parece não existir e ai a corda da vida torna-se mais bamba.
É difícil, é duro quando o perdes pelo caminho mas, como alguém me ensinou, tens de ser forte, tens de parar, respirar e procurar o melhor do que esse amor é feito. A pouco e pouco, ele há-de voltar a segurar-te a mão e tu, voltarás a acreditar nesse teu grande amor, aquele que sentes por ti.
Amar-nos a nós mesmos é a chave que necessitamos para abrir o nosso coração e dar-lhe a conhecer tantos outros amores.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

44 de 365 - 13

Não gostavas do 13 mas era o teu número, 13 é o meu também.
Parabéns a mim porque hoje faço anos, parabéns a ti por teres sido a melhor avó que a vida me podia ter dado.

Queria muito que estivesses cá hoje, avózinha...


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

O nosso caça-sonhos

Dar um "refresh" à casa, ao ambiente que nos rodeia é fundamental. Sabe bem, faz bem!
A pouco e pouco, tenho tentado "destralhar" os espaços, torná-los mais leves e funcionais, mais simples.
Comecei pelo quarto de dormir dos miúdos. Cá em casa, temos um quarto para cada um deles mas, achamos importante que partilhem o mesmo espaço na hora do sono (pelo menos enquanto nenhum deles reivindicar a sua privacidade).
Criar um ambiente luminoso e sobretudo calmo foi o meu principal objectivo. A aposta, incidiu no uso e abuso do branco, mas a chave para o sucesso foi a aquisição de um Caça-sonhos lindo, da Hi-lo handmade.
A Inês criou-o, tal e qual, como eu o idealizei, em tons de azul e branco, a fazer lembrar o mar e acrescentou-lhe uns pequenos búzios que lhe deram um toque muito bonito.
Os miúdos adoraram! Ficaram fascinados, sobretudo, quando lhes disse que o Caça-sonhos lhes iria proteger o sono.
Pequenos pormenores fazem toda a diferença, na decoração e na magia que podemos criar e partilhar em torno das pequenas coisas...





quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Pág.40 de365 - Querido Fevereiro


Continuo zangada contigo, muito zangada mesmo!!!
Chegaste de rompante, em modo fúria e marcaste-me com a dor da perda.
Logo ali, no teu primeiro dia, derrubaste a minha calma, que tanto trabalho me tem dado conquistar, sem eu perceber porque o fizeste...
Levaste a minha avozinha, a minha luz pequenina. 
Pedi tanto para que o seu coração continuasse a bater até ao dia do meu aniversário, só queria mais um, só mais um...Tinha tanta esperança que sim.
Ela partiu e eu... eu fiquei apenas com o desejo de a ter para todo o sempre...
Doí-me a perda, doí-me a saudade, doí-me a dor que carrego.
Sei que há muito a perdi para a maldita doença, aquela que lhe apagou as memórias, aquela que a fez esquecer de quem era, de quem eu era, mas saber que continuava por perto, para mim era o suficiente.
Querido Fevereiro, sei que não fizeste por mal, sei que estava na hora, mas custa-me pensar que deixaste de ser o mês e passaste a ser o mês em que a minha avozinha partiu...