Desde muito pequena, sempre tive grande paixão pela Arte, pela Fotografia e tudo o que tivesse a ver com Trabalhos manuais.
As minhas melhores notas na escola sempre foram nas disciplinas de Trabalhos manuais e Desenho, mas por teimosia ou simplesmente falta de "coragem" optei por seguir áreas bem diferentes.
Hoje, no alto dos meus 40+2, deparo-me com uma vida virada do avesso em que a busca pela profissão "certa" ou pela tão desejada estabilidade profissional já não me dizem nada.
A vida é curta demais, e não há melhor forma de a viver do que fazendo aquilo que (r-e-a-l-m-e-n-t-e) se gosta, mesmo que isso implique uma quebra significativa no orçamento, mesmo que tenhamos de nos privar de tantas coisas materiais.
Para mim esta questão já nem se coloca pois aprendi a viver com muito menos no momento em que decidi deixar o meu emprego. Aos poucos, fui aprendendo a "esticar a perna à medida do lençol" e cheguei à conclusão que uma vida mais simples, com menos coisas, é tão mais fácil de ser vivida...
O meu conceito de "trabalho" deixou de ser o meio para alcançar a felicidade. Cansei-me de procurar a tão famosa "estabilidade, troquei-a pela loucura dos dias, pela experiência constante de fazer e aprender coisas novas, isso sim me faz feliz.
Embora hajam dias mais difíceis, dias em que os tostões se contam e as preocupações me tiram o sono, sentir-me preenchida por aquilo que sou na verdade, faz-me acreditar que melhores dias virão...
A minha avó dizia que eu tenho alma de artista, se sim, penso que talvez se referisse ao seu lado louco e insatisfeito, à necessidade quase insana de fugir às normas da vida e deixar fluir aquilo que nos vem de dentro.
Macramé, a minha nova paixão...
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